Adieux Hervé!
RENARD FOI REINAR A PARIS E “BAZOU” ASSUSTADO
Esta situação não me espanta. Desde a
derrota em Uganda, que trouxe à tona o fracasso da Federação ao subscrever
objectivos inovadores sem ter garantias de poder cumprir com a valiosa ideia
apresentada num projecto que vingou na Zâmbia, que não era preciso ser-se
entendido nem especialista em gestão desportiva – coisa que parece faltar no
âmago da nossa Federação –, para que se adivinhasse a falência absoluta bem
revelada na convocatória de jogadores imaturos em desabono de outros ainda sem
terem os tais 30 anos da “Fronteira Renard”. Aqui, o qualificado técnico errou,
pois nunca deveria ir para o Uganda, cônscio de vencer com um
plantel que não oferecia garantias nenhumas, menosprezando um adversário que já
tinha posto em sentido outras selecções, obcecado nas idades dos valores que o
levaram a abdicar de “barões” como Marco Airosa, Rui Marques, Carlos e porque
não de Love, uma vez que o Manucho (recorde-se as falhas no jogo com o Uruguai)
está em má forma física ou está “armado” em craque que fica à espera que
alguém lhe faça meio golo em vez de procurar a bola e jogá-la como já
provou saber como se faz… o golo. Ou será que cumpriu orientações? Nesta
fase, a vitória é mesmo importante. Pois em 2 anos, venha quem vier, não faz
nada que garanta a qualificação para o CAM e MUNDIAL, e o ZECA AMARAL, em meu entender,
precisa de rever o projecto que está já inquinado.
Seis meses passaram e a Federação não
conseguiu cumprir com o projecto de captações de jovens. as que jovens? Acaso
em Angola há jovens com formação adequada para serem “barões” num ápice.
Que ilusão alimentou os nossos responsáveis?
E, agora? Depois de
Manuel José ter manifestado publicamente que a Federação lhe devia dinheiro, e
só depois disso, a FAF, transferiu os valores em dívida, agora foi o Francês a
reclamar dois ou três meses de salários atrasados, para o meu amigo Justino,
presidente da FAF, vir afirmar que as transferências foram feitas. Uma reprise
do sucedido com Manuel José.
O senhor Hervé procedeu mal, em ir de
férias e aproveitar-se para bazar falando de longe, para tentar ficar com a
razão do fracasso Uganda e justificar a falta de coragem para continuar.
Difícil, entende-se, numa perspectiva de perdas de tempo, de falhas de
cumprimento de prazos do projecto, de incumprimentos importantes das
clausulas do contrato… e, ate sou obrigado que até foi honesto quando em
conferência de imprensa se justificou, denunciou os incumprimentos da FAF,
falou nos riscos que a selecção corria, e ate, foi honesto ao alertar a FAF de
estar na disposição de abandonar o projecto uma vez que só tinha ano e meio
para cumprir com os objectivos. Mais, até foi simpático, evitando dizer que a
FAF lhe devia dinheiro de salários. Mas, o alerta de que abandonaria foi dado
com clareza… e foi de férias… e aí a FAF errou e procedeu de maneira que só
afecta o nome de Angola, da Federação. Eu meu entender, antes do Hervé ir para
férias, o meu amigo Justino devia precaver-se de mais este escândalo que já é
domínio mundial. Conversando, explicando o atraso, dando o que se chama o
“aval” indispensável de garantias. Mas não fez. Os tempos actuais colocam
Angola, dos Desportos, no topo africano, e a FAF tem a obrigação de saber gerir
o prestígio do desporto para que não se reflicta negativamente no prestígio do
País. Essa afirmação de o técnico não ter dado a entender abandonar… não é verdade.
O jornal O PAÍS, atreveu-se a alertar o abandono…, e, o próprio Hervé, falou
publicamente num eventual abandono, face aos incumprimentos e ao tempo perdido
na concretização de mobilização de jovens em todas as províncias do País.
Espantado, ficou o Presidente
Justino… não acredito em tamanha ingenuidade de um homem honesto como ele, que
eu conheço ha muitos anos e sempre soube andar de cabeça levantada. Talvez o
respeito por outras “coisas” que o obrigariam a citações comprometedoras o
tenham levado a “fazer-se “ vitima ou bode expiatório de outras situações
anómalas, entre elas o ter só no dia 29 de Setembro, ter o BNA pago os salários
em atraso. Quem trabalha tem de receber, pontualmente, ao fim de cada mês.
Quanto ao ter assumido uma posição
unilateral na rescisão, claro que em causa, penso eu que não percebo nada de
leis nem de advocacia, as datas da carta de rescisão e a data em que os
salários foram creditados na sua conta, podem estar em causa para a razão ficar
do lado do francês… ou da nossa Federação.
Com mais esta situação, não há
dúvidas, Angola está a criar uma má imagem no esterior. Para, mais em alguns
caso aproveitando-se para denegrir o nosso País,
Concluindo: a nossa Angola está mesmo
muito mal no que respeita à organização e gestão do seu património.- Carlos Pereira
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