3 de outubro de 2010

HERVÉ RENARD
baza de Angola

Adieux Hervé!

RENARD FOI REINAR A PARIS E “BAZOU” ASSUSTADO
Esta situação não me espanta. Desde a derrota em Uganda, que trouxe à tona o fracasso da Federação ao subscrever objectivos inovadores sem ter garantias de poder cumprir com a valiosa ideia apresentada num projecto que vingou na Zâmbia, que não era preciso ser-se entendido nem especialista em gestão desportiva – coisa que parece faltar no âmago da nossa Federação –, para que se adivinhasse a falência absoluta bem revelada na convocatória de jogadores imaturos em desabono de outros ainda sem terem os tais 30 anos da “Fronteira Renard”. Aqui, o qualificado técnico errou, pois nunca deveria ir  para o Uganda, cônscio de vencer  com um plantel que não oferecia garantias nenhumas, menosprezando um adversário que já tinha posto em sentido outras selecções, obcecado nas idades dos valores que o levaram a abdicar de “barões” como Marco Airosa, Rui Marques, Carlos e porque não de Love, uma vez que o Manucho (recorde-se as falhas no jogo com o Uruguai) está em má forma física ou está “armado” em craque que fica à espera que alguém  lhe faça meio golo em vez de procurar a bola e jogá-la como já provou saber como se faz… o golo. Ou será que cumpriu orientações?  Nesta fase, a vitória é mesmo importante. Pois em 2 anos, venha quem vier, não faz nada que garanta a qualificação para o CAM e MUNDIAL, e o ZECA AMARAL, em meu entender, precisa de rever o projecto que está já inquinado.
Seis meses passaram e a Federação não conseguiu cumprir com o projecto de captações de jovens. as que jovens? Acaso em Angola há jovens com formação adequada para serem “barões” num ápice.
Que ilusão alimentou os nossos responsáveis?
E, agora? Depois de Manuel José ter manifestado publicamente que a Federação lhe devia dinheiro, e só depois disso, a FAF, transferiu os valores em dívida, agora foi o Francês a reclamar dois ou três meses de salários atrasados, para o meu amigo Justino, presidente da FAF, vir afirmar que as transferências foram feitas. Uma reprise do sucedido com Manuel José.
O senhor Hervé procedeu mal, em ir de férias e aproveitar-se para bazar falando de longe, para tentar ficar com a razão do fracasso Uganda e justificar a falta de coragem para continuar. Difícil, entende-se, numa perspectiva de perdas de tempo, de falhas de cumprimento de prazos do projecto, de incumprimentos  importantes das clausulas do contrato… e, ate sou obrigado que até foi honesto quando em conferência de imprensa se justificou, denunciou os incumprimentos da FAF, falou nos riscos que a selecção corria, e ate, foi honesto ao alertar a FAF de estar na disposição de abandonar o projecto uma vez que só tinha ano  e meio para cumprir com os objectivos. Mais, até foi simpático, evitando dizer que a FAF lhe devia dinheiro de salários. Mas, o alerta de que abandonaria foi dado com clareza… e foi de férias… e aí a FAF errou e procedeu de maneira que só afecta o nome de Angola, da Federação. Eu meu entender, antes do Hervé ir para férias, o meu amigo Justino devia precaver-se de mais este escândalo que já é domínio mundial. Conversando, explicando o atraso, dando o que se chama o “aval” indispensável de garantias. Mas não fez. Os tempos actuais colocam Angola, dos Desportos, no topo africano, e a FAF tem a obrigação de saber gerir o prestígio do desporto para que não se reflicta negativamente no prestígio do País. Essa afirmação de o técnico não ter dado a entender abandonar… não é verdade. O jornal O PAÍS, atreveu-se a alertar o abandono…, e, o próprio Hervé, falou publicamente num eventual abandono, face aos incumprimentos e ao tempo perdido na concretização de mobilização de jovens em todas as províncias do País.
Espantado, ficou o Presidente Justino… não acredito em tamanha ingenuidade de um homem honesto como ele, que eu conheço ha muitos anos e sempre soube andar de cabeça levantada. Talvez o respeito por outras “coisas” que o obrigariam a citações comprometedoras o tenham levado a “fazer-se “ vitima ou bode expiatório de outras situações anómalas, entre elas o ter só no dia 29 de Setembro, ter o BNA pago os salários em atraso. Quem trabalha tem de receber, pontualmente, ao fim de cada mês.
Quanto ao ter assumido uma posição unilateral na rescisão, claro que em causa, penso eu que não percebo nada de leis nem de advocacia, as datas da carta de rescisão e a data em que os salários foram creditados na sua conta, podem estar em causa para a razão ficar do lado do francês… ou da nossa Federação.
Com mais esta situação, não há dúvidas, Angola está a criar uma má imagem no esterior. Para, mais em alguns caso aproveitando-se para denegrir o nosso País,
Concluindo: a nossa Angola está mesmo muito mal no que respeita à organização e gestão do seu património.- Carlos Pereira

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