22 de novembro de 2010

Homicidas brasileiros presos em Lisboa

Executaram jovem a tiro em
Minas Gerais e esconderam-
se quatro anos em Portugal

Procurados pela Interpol há quatro anos, os dois homicidas de Minas Gerais, Brasil, conseguiram viver tranquilamente em Portugal todo este tempo. Os perigosos Rodrigo e Wemerson Barbosa, irmãos de 25 e 28 anos, suspeitos de terem participado na execução a tiro de um jovem de 17 anos, em 2003, são mais um exemplo de criminosos que se abrigam na comunidade da Costa de Caparica. Juntam-se aos casos do grupo de Sandro Bala, que durante anos lançou terror na Margem Sul, com elementos procurados no Brasil por crimes de roubo e homicídio.

Anteontem de madrugada, militares da GNR da Caparica receberam uma denúncia anónima para a presença dos dois criminosos naquela área – poucas horas depois os dois eram detidos. A Justiça brasileira considera-os co-responsáveis pela morte de um jovem de 17 anos – abatido com dois tiros na cabeça, no bairro Grã-duquesa, em Governador Valadares, no estado de Minas Gerais. Serão presentes amanhã ao Tribunal da Relação de Lisboa, que decidirá a sua extradição para serem julgados no Brasil.

Por cá, Rodrigo e Wemerson trabalhavam na construção civil e viviam com a mãe, empregada num restaurante. Nunca levantaram suspeitas de que estavam ligados ao mundo do crime. Ontem, à saída do Tribunal do Seixal, onde foi decidida a detenção, os irmãos não escondiam a revolta por terem sido apanhados.

O crime, em 2003, terá começado por uma discussão num bar, que rapidamente despoletou num acto de vingança. Acabou com Robson Luciano a ser morto à queima-roupa. Ontem, ao juiz de turno, os dois homens não terão negado a responsabilidade dos seus actos.

À saída do tribunal, ainda se revoltaram contra a mãe, atribuindo-lhe a culpa por terem sido apanhados. "Eles acham que tenho culpa pois o meu ex-namorado sabia disto e pode ter sido ele a denunciá-los à GNR", disse ao CM Mary Barbosa, mãe dos detidos.

ESTAVAM ILEGAIS EM PORTUGAL

Rodrigo e Wemerson Barbosa estavam ilegais no nosso país, apesar de trabalharem numa empresa de construção civil na Costa de Caparica, em Almada. Ontem de manhã, a mãe, Mary Barbosa, estava inconsolável. "Quando cheguei a casa vi os militares da GNR mas nunca pensei que era para levar os meus filhos. Sou mãe e acredito que eles estão inocentes. Eu sei que eles sabiam do crime, mas não acredito que pegassem numa arma", disse a mulher ao CM, em lágrimas.

INVESTIGADA ENTRADA NO PAÍS

A investigação à permanência de Rodrigo e Wemerson em Portugal durante quatro anos, depois de terem cometido um crime de homicídio no Brasil, está longe de ter um fim. Por desvendar estão vários pormenores, desde a forma como entraram no nosso país até como se instalaram, sem ninguém ter dado por isso. O facto de terem trabalho ajudou a esconder o crime. Uma denúncia anónima foi decisiva para apanhar os criminosos.

CRIMINOSOS ENTRAM E SAEM

Todos os anos acorrem a Portugal milhares de cidadãos brasileiros que se instalam no nosso país independentemente dos antecedentes criminais por roubos e homicídios. Exemplo disso é o grupo de Sandro Bala, que espalhou o terror em bares, discotecas e restaurantes da capital e da Margem Sul, impondo aos donos, pela força, os seus serviços de segurança ilegal.

‘Bala’, conhecido por ‘mestre’, chegou em 2001 e obteve visto de residência. Em parceria com Carlos Pereira, através da empresa de fachada Olho Vivo, passou a recrutar no Brasil dezenas de compatriotas para virem trabalhar como seguranças em Portugal – forçando os donos dos espaços nocturnos a aceitá-los lá, através da extorsão com extrema violência. Quem não pagasse via o bar destruído, os funcionários e clientes espancados. Wanderley Silva, cadastrado no Brasil por roubo qualificado, formação de quadrilha e resistência à prisão, desembarcou no aeroporto da Portela a 28 de Novembro do ano passado. E a 12 de Agosto aterrou em Lisboa Alessandro Silva. Os dois com cartas a dá-los como ícones do jiu-jitsu, a pretexto de torneios que iriam realizar-se – tudo falso. ‘Bala’, que conseguiu fugir em 2009, ligara-lhes de véspera, para o Brasil, a instruí-los sobre como enganarem o SEF.

4 comentários:

  1. Essas pessoas são uma vergonha para nós brasileiros. Espero que Portugal feche suas fronteiras para este tipo de gente com antecedentes criminais. Violência há em todo lugar, mas crimes sem justiça é inaceitável. Brasil e Portugal, como países irmãos deveriam rever suas políticas de imigração.

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  2. Brasileiro de sucesso e com boa educação, geralmente quer ficar em sua terra natal mesmo. Pessoas que se prestam a viver ilegais e fazer qualquer tipo de serviço no exterior, normalmente são os cidadãos que fracassaram em tudo no Brasil e com muito baixo nível cultural. Por isso vão aos EUA ou Europa, rouba ou trabalhar como prostitutas. Nos, Brasileiros, somo muito mal representados por estas pessoas.

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  3. preste mais atenção ao generalizar tudo, nem todos os brasileiros são asism, há pessoas que vão e trabalham honestamente para sustentar suas familias que ficaram no Brasil, pense antes de falar seu merda.

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  4. Acho que vc deve ta no meio dessa laia trabalhando de travesti não eh?

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