19 de janeiro de 2012

Comunicação Social
Angola-Portugal

MINISTRA CAROLINA CERQUEIRA
assinou protocolo de cooperação
entre a TPA e a RTP





Ministra Carolina Cerqueira e Miguel Relvas
testemunharam a assinatura do protocolo
Foto: António Gonçalves|Benguela
Texto: JA com Angop 





A Televisão Pública de Angola (TPA) e a Rádio Televisão Portuguesa (RTP) assinaram, na cidade de Benguela, um protocolo de cooperação no domínio do conhecimento, tecnologia, inovação e criatividade nas áreas audiovisual, design e multimédia. A cerimónia da assinatura do documento, a que assistiram a ministra angolana da Comunicação Social, Carolina Cerqueira e o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares de Portugal, Miguel Relvas, realizou-se no palácio do governo provincial.
 O protocolo, assinado pelo administrador para a área de meios de produção, delegações provinciais e regionais da TPA, José Maria Fernandes, e pelo presidente do Conselho de Administração, Guilherme Costa, estende a Angola o Projecto Academia da Rádio Televisão Portuguesa. O acordo prevê iniciativas nas áreas de formação técnica e de jornalismo, cabendo à RTP a responsabilidade de promover, na sua academia, estágios profissionais para jovens angolanos. Em contrapartida, a TPA prontifica-se a promover em Angola o Projecto Academia da RTP. O acordo estabelece também a formação qualificada de futuros profissionais e a investigação em domínios técnico-científicos.
Miguel Relvas afirmou, ontem, que “Benguela é um imenso estaleiro, o que significa que o desenvolvimento está a bater às portas desta província”. O ministro português referiu o facto de nas visitas à ponta à Restinga, no Lobito, ao Porto Comercial desta cidade e às obras da estação principal dos caminhos-de-ferro de Benguela ter visto “investimentos significativos nas áreas portuária, ferroviária, de ambiente e de desenvolvimento sustentável, além de um projecto de águas para toda a província. “Confirmei na prática, na deslocação a Benguela, aquilo que me diziam e que já sentia pelo que vou lendo e o vou sabendo sobre o que tem sido o projecto que Angola está a desenvolver nos últimos anos e vou daqui muito confiante no futuro”, concluiu. 

 Rádiodifusão
COMBATE AOS CONCEITOs CRISTALIZADOS

 PEDRO CABRAL, presidente do Conselho de Administração da Rádio Nacional de Angola (RNA) salientou, ontem, a necessidade de alterar “alguns conceitos cristalizados" ao discursar no acto de abertura das Jornadas Técnicas de Produção Radiofónica e do Conselho Consultivo da RNA, presididas pelo vice-ministro da Comunicação Social, afirmou a importância de se acabar com o conceito que o mais importante é o que acontece nos centros urbanos. “Vamos alterar a visão que a música para a rádio é só aquela que é tocada pelos grupos convencionais, em detrimento da de recolha e tradicional, que é a base dos valores da nossa identidade cultural”, disse. Este momento, salientou, representa um marco para a reflexão dos conteúdos programáticos e procedimentos na abordagem da produção jornalística da empresa. A RNA, sendo uma empresa de grande dimensão, referiu, tem responsabilidades acrescidas em todos os domínios da vida nacional. “Daí a necessidade de estarmos, cada vez mais, próximos daqueles a quem servimos, com a informação certa na hora certa, com a verdade dos factos e com a certeza da nossa presença no momento e no local devidos”, lembrou. As jornadas de produção radiofónica, que terminam hoje, têm a participação dos directores provinciais, chefes de centros de produção, realizadores, editores e jornalistas, que analisam o desempenho da empresa em termos de produção. Se a nova programação for aprovada, durante as jornadas, passa a haver um jornal às 16h00, transmitido em directo, que inclui análises e comentários. O vice-ministro da Comunicação Social recordou, na abertura das jornadas, que a Rádio Nacional de Angola tem de prestar um serviço público de qualidade, com uma informação plural e isenta. Miguel Wadijimbi referiu que as jornadas, que decorrem sob o lema “Rádio Nacional de Angola ao Serviço da Cidadania”, se realizam num momento de extrema importância, tendo em conta os grandes desafios que o sector tem pela frente, com a realização das eleições gerais em Setembro. Nesse contexto, afirmou, deve-se ter em conta o que estabelece a Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais, que realça o papel do serviço público de radiodifusão, que deve conceder, no período oficial da campanha, o direito de antena para fins eleitorais entre as 15h00 e as 22h00.

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