16 de abril de 2012

FUTEBOL ANGOLANO
Liga de Clubes, uma necessidade



Dirigente do Kabuscorp sugere criação de Liga 


O vice-presidente do Kabuscorp do Palanca - (o primeiro clube a ser criado na liga angolana e esperemos que não seja o último. O Kabuscorp pretente formar um bom plantel e formar uma liga angolana para que possa ir longe -,)  Raúl Mendonça, sugeriu hoje (domingo), em Luanda, a criação de uma liga de futebol no país, no sentido de evitar que surjam equipas com grandes problemas financeiros na primeira divisão.


Fonte: ANGOP


O responsável fazia à Angop uma abordagem sobre a situação financeira das equipas que saíram do campeonato da segunda divisão, “Segundona”, Nacional de Benguela, Sporting de Cabinda e Atlético do Namibe, face a recente “ameaça” dos cabindenses de desistir do Girabola2012, por falta de dinheiro.
Disse que a problemática financeira só será acautelada se a Federação Angolana de futebol (FAF) e Ministério dos Desportos encontrarem políticas que transformem a maior competição da modalidade numa liga, o que na sua opinião aumentará o interesse por parte de patrocinadores.
“Não é acabar com o nacional, mas vamos adicionar mais uma prova em que só participarão elites, porque só vai participar quem tem dinheiro, e para isso é precisa uma regulamentação com o aval destas instituições”, referiu.
Raúl Mendonça argumentou que uma liga traria aos participantes grandes benefícios, assim como aos patrocinadores, visto que há possibilidades de retorno do valor aplicado.
Acrescentou que aumentaria a competitividade, comparativamente ao período actual em que os clubes fazem muitos gastos, envolvendo milhões de dólares, e no fim da competição o campeão apenas recebe uma simples taça.
O responsável apelou os órgãos de direito a criarem mecanismos que aliciem entidades privadas para apoiar mais os clubes, uma vez que parte destes são subsidiados por instituições do Estado.
Sugeriu a atribuição de um prémio monetário do primeiro ao terceiro classificado, cujo valor não precisou, e tirar da responsabilidade das equipas os custo com os árbitros, uma prática que já não se vê no mundo do futebol e que ajudaria a evitar a corrupção neste desporto.

NOTA DO EDITOR : 
Apoio esta sugestão, que para mim  não é inédita, mas que eu considero muito importante, não por criar privilégios aos clubes "ricos", mas por abrir as portas ao desenvolvimento do futebol angolano, que continua a derrapar em conceitos que não se enquadram. de forma alguma, na organização moderna do desporto, onde o futebol tem um espaço de prioridades, por ser a modalidade que mais adeptos conquista e concentra. 
Nos anos 50, salvo erro, houve uma pugna para que o futebol angolano se profissionalizasse a sério, e na cabeça dessa pugna esteve um homem de barba rija à frente da ideia de se formar uma Liga de Futebol - Simões Raposo, seu nome -, que acabou por ganhar a questão e a Liga fundou-se e tinha a sua sede na antiga Calçada do Município. Só que a época não era propícia a apoiar aqueles que quiseam virar a agulha dos caminhos implantados pelos colonos e a Liga, embora sem ter sido extinta... não funcionou como se pretendia.
Este é um episódio Histórico do nosso futebol que nem toda a gente - nem os convencidos que sabem tudo e editam livros com verdades duvidosas -, sabem que foi uma das lacunas mais importantes vividas em Luanda.
 Enquanto o nosso futebol estiver sob a jurisdição da FAF, seja com que presidente for, seja com satff for não vai modernizar-se nem trazer certezas que possam garantir progressos. O passado que já manchou a dignidade que não foi defendida, fama de caloteira, más contas, interferências estranhas para controlar e evitar desvios, desvios que foram feitos, incompetências diretivas e, também, como agora aconteceu, forças estranhas (quarta força? !!! ) a obrigar o presidente, após um mês (perdido) a rescindir com o único selecionador que até hoje mais contribuiu para a dignificação do futebol angolano (Lito Vidigal - veja-se o ranking mundial da FIFA nas subidas desde Fevereiro de 2011 a Março de 2013) e, na classificação do CHAN, onde Angola ficou em 1.º no grupo de qualificação ao CAN... e, que no CAN apenas perdeu com o mais cotado candidato (Costa do Marfim) e, por o azar de ter sofrido um auto-golo nos ultimos minutos; mais por no jogo com o Sudão, ter sofrido dois auto-golos muito estranhos...(!!!???!!).
Francamente, aqueles que ainda não quiseram ver a verdade do trabalho do angolano LV, que trabalhou com um salário minimo - que foi negado por outro seleccionador -,  e que nunca fez exigências ou publicamente procurou justificar aspetos de rendimento da equipa pelo facto de todos estarem sem receber um kwanza ou um dólar. A gratidão, foi acertar a rescisão e alindar com palavras estudadas no dicionário para justificar docemente e o injustificável -,  com a mentira de falta de cumprimento do objectivo de passar aos quartos-de-final.
Se eu é que estou a mentir... diga-me quem souber, quando é que o LV disse que o segundo objetivo era passar os quartos de final - se ele e não só mas também muita comunicação social consideraram o nosso grupo com a Costa do Marfim.. era o chamado GRUPO DE MORTE... Mentira? . 
Senhores presidentes dos clubes que têm suportes garantidos, apoiem esta ideia do senhor Raúl Mendonça. Será, sem dúvida, a solução para o futebol angolano deixar as picadas e as anharas e passar às vias rápidas do progresso.
Carlos Pereira
 


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