3 de julho de 2012

JOGOS OLÍMPICOS
Basquetebol

PRÉ-OLIMPICO 


ANGOLANOS EM ALTO NÍVEL COMPETITIVO

ANGOLA entrou em grande estilo na estreia  vencendo a Macedónia, que pode ter algo de surpreendente tendo em conta o "histórico" recente de ambos países. Angola, que está a competir com o que de melhor tem na actualidade (excepto Carlos Almeida por lesão), superou a quarta melhor selecção da Europa até em itens impensáveis como os ressaltos, tendo em conta a conhecida limitação de estatura dos angolanos.

JOSÉ CARLOS GUIMARÃES

O "cinco" inicial com  José Carlos Guimarães (na imagem ao lado) na estreia como seleccionador  de Angola, foi formado por Armando Costa (30 minutos, 6 pontos), Olimpio Cipriano (34 min, 23 pts), Carlos Morais (32 min, 18 pts), Eduardo Mingas (35 min, 24 pts, e Joaquim Gomes "Kikas" (33 min, 13 pts). 
Com uma prestação concentrada, na defesa e jogo controlado no ataque, o grupo cedo "amordaçou" os europeus muito fortes físico-atleticamente, e cedo conseguiu uma considerável diferença que atingiu os 11 pontos ao cabo do primeiro quarto (32-21).
 No entanto um irreverente desequilibrador nato, o base Mc Calebb (38 min, 21 pts) acompanhado por P. Antic (35 min, 17 pts) conseguiam manter a disputa acesa "com ajuda" de algumas perdas dos jogadores angolanos, conforme oúnico item em que o adversário foi melhor (8 perdas contra 12 dos africanos). Mas a eficácia dos "triplos", uma das armas fundamentais nos louros do basquetebol angolano, que escasseou em Antananarivo, voltou às hostes nacionais com 45 porcento de aproveitamento (9/20) contra os 28 pc da Macedónia (10 em 35 tentados) Num jogo em que o grupo jogou como um conjunto e com grande solidariedade, Eduardo Mingas, cujas funções em principio seria a luta "ingrata" nas tabelas com o seu 1,96 m, apareceu a liderar os marcadores (24) e as assistencias (5). Os Ressaltos ficaram a cargo de Kikas (11), enquanto o jogo exterior foi distribuído onde Armando Costa que acertou todas as tentativas (2), Carlos Morais com quatro em seis tentativas e Cipriano com dois em quatro se destacaram. 
 A primeira parte serena e concentrada, que terminou com 13 pontos de vantagem (53-40) transmitiu certa tranquilidade ao grupo, que soube suportar a pressão Macedónia da segunda parte. 
 Efectivamente, o segundo quarto, os europeus empenharam-se mais e conseguiram frear o embalo africano chegando a perder por apenas dois pontos (21-19). Era o anúncio de mais complicações para a selecção nacional.  Mas José Carlos Guimarães mostrou estar devidamente preparado e respondeu da melhor maneira tendo contado com prestações importantes tambem dos suplentes. Por exemplo Leonel Paulo, em 17 minutos em campo destacou-se ajudando na luta das tabelas com cinco ressaltos, enquanto Ambrósio teve o papel de desgastar as "torres" adversárias para permitir que os seus colegas da posição descansassem. Por isso, foi "sacrificado" e em nove minutos foi desqualificado. Santana (5 min, 2 pts) e Milton (4 min) fizeram estreias a este nível, enquanto Bunga, Barros e Valdelício não foram utilizados. O terceiro período, confirmou o crescimento do adversário e terminou numa igualdade a 19 pontos, "apertando" o marcador para a etapa final. Nesta, Angola recorreu a sua experiência em torneios deste género para manter a concentração e serenidade para gerir um resultado que chegou a 17 pontos de diferença a meio da partida mas também baixou para dois na ponta final.
 Os números globais de Angola pulverizam os dos europeus, como mostram os lances livres com 83.3 contra 69.6, em três pontos (45 contra 28.6) e em lancamentos de campo 53.3 contra 46. A Macedónia teve menos perdas (8-12) e foi melhor nos lançamentos de dois pontos (67.9 contra 57.5). 
 A garra e vontade de ganhar, mas sobretudo a eficácia e o espírito de grupo, garantiram uma vitória importante para as aspirações nacionais que em primeira instância é terminar em primeiro neste grupo para evitar o cruzamento com a Rússia na segunda etapa.

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