1 de junho de 2010

GIRABOLA’2010 <br> Salve-se quem puder!

COM OS IMPOSSÍVEIS A COMANDAR…
os possíveis estão abaixo do topo

O Girabola está ao rubro. É um campeonato como não há memória em Angola. À entrada do último terço da competição, a prova está a está ser disputada sob o signo de equilíbrio.

| Texto: Rádio 5 |

O despique pela liderança, no meio da tabela e na fuga às últimas posições tem sido uma constante. A este cenário junta-se a proximidade pontual entre as equipas. Disputada que foi mais uma jornada, antes de mais uma paragem da prova, devido ao compromisso da Selecção Nacional, os clubes vão aproveitar a oportunidade para balancear as suas prestações até ao momento. O que foi feito, o que falta, onde falharam e como superar.


O Recreativo da Caála é das poucas equipas que, ao fim da 20.ª jornada, não tem razões para se lamentar. Depois de desperdiçar, na ronda anterior, o comando da prova, a formação do Planalto Central alcançou o podium diante do próprio líder, tornando este feito ainda mais saboroso. A vitória frente ao Interclube, que averbou a segunda derrota consecutiva no campeonato, relançou o 1.º de Agosto no despique para a conquista do ceptro. Os militares, com um triunfo suado diante do seu "irmão menor", o Desportivo da Huíla, aproveitaram o deslize dos polícias para se aproximarem ainda mais do comando.
O Petro de Luanda, diante do adversário que mais dificuldades lhe tem criado nas últimas edições do Girabola, consumou o ascendente no campeonato ao derrotar o Kabuscorp. O campeão nacional, que até então estava a efectuar uma prova atípica, somando um conjunto de desaires, inspirou, sexta-feira, uma golfada de ar fresco. O Santos, formação que vem alternando de oito para oitenta, foi incapaz de travar a vontade da Académica do Soyo, averbando mais uma derrota, um desfecho que atira novamente a equipa orientada por Mário Calado para uma posição aflita.
O Benfica de Luanda, após uma fase cinzenta, travou o voo do ASA, criando um mau clima nas bandas do aeroporto, que perdeu, assim, cinco pontos em seis possíveis, colocando ponto final no ciclo vitorioso dos aviadores. No Dundo, o Sagrada Esperança "confirmou" o período de graça por aquelas paragens. Os diamantíferos travaram a bravura do Maquis e começam a respirar de forma mais desafogada.
Na cauda, pouco ou nada mudou. No derby cabindense, como dois bons irmãos, o FC e o Sporting acordaram na repartição dos pontos, um desfecho que pode comprometer as aspirações de qualquer deles na prova. O Benfica do Lubango, com a humilhação sofrida em casa ante o Libolo, terá sentenciado já o seu destino no Girabola, enquanto a equipa de Calulo assumiu que também está na luta para consecução do objectivo traçado pela direcção.

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