ANGOLANOS SAÚDAM REGRESSO
Angop - Esta afirmação é do especialista em relações internacionais, Sebastião Isata (na foto ao lado), em declarações à Angop, a propósito da intensificação das actividades públicas do secretário-geral do Partido Comunista de Cuba (PCC), Fidel Castro.
De acordo com o académico, Cuba e principalmente Fidel Castro foram, “sem dúvidas” amigos de Angola em momentos mais difíceis da vida política do país, “bastando recordar que Angola logrou manter a sua soberania e independência, graças ao apoio do povo irmão de Cuba”.
A longevidade da amizade e solidariedade de Cuba para com Angola, explicou o académico, data antes da independência (de Angola) quando, ainda nos anos 60, Fidel Castro enviou uma delegação, chefiada por Che Guevara, para visitar as bases do MPLA e "outros movimentos" de libertação nacional.
Essa “solidariedade imensurável” do povo cubano, na visão de Sebastião Isata, atingiu um dos seus pontos mais altos quando, em 1975, foram travados os avanços dos exércitos invasores zairenses e sul-africanos que pretendiam impedir a proclamação da independência de Angola.
Segundo o analista político, tem sido a contribuição de Fidel Castro que faz com que as relações entre Angola e Cuba se desenvolvam de forma “extremamente fecunda e sem se limitar apenas ao campo militar, mas atingindo outros sectores, como os de economia, saúde e educação”.
Depois da independência, em 1975, Angola enviou a Cuba, para formação em vários campos de conhecimento, mais de 20 mil cidadãos, incluindo Sebastião Isata, que na ilha do Caribe se licenciou em relações internacionais na Universidade Raúl Roa Garcia, antes de seguir para os Estados Unidos, para graduar-se em direito.
Doutorando-se posteriormente em relações internacionais e mestre em ciências políticas, Sebastião Isata é um dos académicos e analistas políticos angolanos muito respeitado, ocupou funções no aparelho do seu partido, MPLA, e no governo foi vice-ministro das Relações Exteriores, cargos que “por várias vezes” permitiram contactar directamente com Fidel Castro, desde 1979.
Para o professor universitário, Fidel Castro, a quem ainda trata por “Presidente”, apesar de não mostrar aquela vitalidade da juventude, “continua a ser um monumento” para a revolução cubana, e compara-o a grandes oradores como Cícero ou Lenine.
Depois de quatro anos, Fidel Castro voltou a participar de uma sessão do Parlamento cubano, no sábado, dando continuação a uma série de actividades públicas, iniciadas há cerca de dois meses.
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