HOJE NO ESTÁDIO DO RESTELO

No último treino antes do desafio, o seleccionador Hervé Renard dividiu o grupo em dois, onde se pode divisar a equipa inicial, composta por Lamá, Kali, Dani Massunguna, Pataca, Gilberto, Hugo, Geraldo, Dominique Kivuvu, Job, Adawa e Manucho Gonçalves.
O combinado angolano ensaiou contra-ataques com jogadas rápidas e passes de curta, média e longa distâncias.
Renard disse não estar preocupado com o facto do Uruguai ser o quarto colocado no Mundial-2010 e estar incompleto, considerando ser um problema do adversário e não dos angolanos.
Duas vezes campeã do Mundo (1930 e 1950), a selecção do Uruguai possui uma das mais gloriosas histórias do futebol universal, ao coleccionar 19 títulos internacionais oficiais.
A Celeste Olímpica (denominação da selecção uruguaia) brilhava nos campos da América do Sul, onde conquistou a primeira Copa América, em 1916. Um ano depois obteve o bi-campeonato, desta vez em casa. Em 1920 o tri. Como a Copa América era disputada de ano em ano, até 1929 o Uruguai já tinha sido hexa.
Já a nível internacional, o Uruguai, localizado na parte sudeste da América do Sul, alcançou as medalhas douradas nos Jogos Olímpicos de 1924 e 1928. A selecção deslumbrou na Europa com as apresentações olímpicas e ganhou admiração e o respeito do universo desportivo, colocando o futebol sul-americano no mais alto plano de consideração, numa época em que o continente era ainda ignorado no mapa internacional do futebol.
Durante 76 anos o Uruguai foi o único país sul-americano a ocupar o máximo posto olímpico.
O Uruguai, segundo menor país da América do Sul, com área de 176 215 km² (somente maior que o Suriname), como era bicampeão olímpico, foi escolhido para organizar o primeiro Mundial de Futebol em 1930 e venceu-o batendo na final a Argentina por 4-2. A Celeste foi a primeira campeã mundial de futebol.
Já em 1935, na Copa América, sedeada no Perú, o Uruguai novamente venceu e conquistou o hepta em cima dos vizinhos argentinos, voltando a ganhar em 1942, em casa. A Celeste arrebatou a octo-Copa América, após vencer a Argentina novamente.
Uma outra das grandes glórias dos uruguaios aconteceu no Mundial de 1950, com sede no Brasil, onde viria a conquistar a segunda taça mundial, batendo na final a anfitriã por 2-1, depois de estar a perder.
Depois deste triunfo, o Uruguai, com uma população estimada em 3.399.237 habitantes, levou para a galeria mais seis títulos da Copa América (1956, 1959 e 1967, 1983, 1987, 1995), perfazendo 14.
Pela Celeste Olímpica já despontaram lendas como Héctor Scarone, melhor marcador de sempre da selecção, com 31 golos, que actuou no Barcelona, Fiorentina, Palermo e Inter de Milão. Destaque também para Álvaro Reccoba, que se notabilizou pelo Inter de Milão.
Carlos Aguilera, José Leandro Andrade, Victor Rodriquez Andrade, Pablo Bengoechea, Julio Montero Castillo, Luis Cubilla, Víctor Espárrago, Daniel Fonseca, Enzo Francescoli, Ladislao Mazurkiewicz, Paolo Montero, José Nasazzi, Trepam Paz, Angel Romano, Jose Santamaria, Juan Alberto Schiaffino, Trepam Sosa e Obdulio Varela são outras das antigas glórias do Uruguai.
A actual geração é comandada por Diego Forlán (atacante do Atlético de Madrid), eleito pela FIFA melhor jogador do Mundial-2010, disputado pela primeira vez em solo africano, na África do Sul, e um dos melhores marcadores desta Copa, com cinco golos.
Leandro Cabrera (At. Madrid), Martín Cáceres (Juventus), Jorge Fucile (FC Porto), Álvaro Pereira (FC Porto), Maxi Pereira (Benfica), Álvaro González (Lazio), Diego Pérez (Mónaco), Cristian Rodríguez (FC Porto) e Jorge Rodríguez (Jaguares), Sebastián Abreu (Botafogo), Rodrigo López (Estudiantes) e Jorge Martínez (Juventus) são alguns dos exemplos das estrelas da nova geração.
É com esta selecção do Uruguai, quarta colocada na Copa de 2010, feito que não acontecia desde 1970, que Angola vai defrontar nesta quarta-feira, em Portugal, em data FIFA, visando as eliminatórias para o CAN2012.
Com leque de atletas que evoluem na Europa e na América, e tendo em conta o seu historial, a equipa Celeste apresenta-se favorita diante dos Palancas Negras, que tentam se afirmar no continente africano. Os uruguaios estão na sexta colocação do ranking mundial, ao passo que os angolanos estão no 86º lugar.
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