HUAMBO, CIDADE VIDA!

PRESIDENTE JOSÉ EDUARDO NO HUAMBO

Quem conheceu o Aeroporto de Nova Lisboa (Huambo) e olha para esta imagem ... não pode negar a dinâmica que o governo angolano implanta na resconstrução do país, onde a modernidade é uma evidência.

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 O Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, visita hoje (terça-feira) a província do Huambo, três anos depois, para confirmar os passos que estão a ser dados rumo ao progresso e a prosperidade da região, transformada, desde o ano de 2002, em “terra de recomeço”, fruto do grande volume de investimentos aplicados pelo executivo e o sector privado, para o reerguer dos escombros.

Com uma densidade populacional estimada em dois milhões e 500 mil habitantes, a província do Huambo, que ocupa uma superfície de 35.771 quilómetros quadrados, vive um ciclo notável de reconstrução, desde o alcance da paz, em 2002, pois tudo o que no passado era "sonho" para a população começa a ser transformado em realidade.

Nesta fase de “recomeço”, todas as amarguras provocadas pela guerra e o lamento dos habitantes do Huambo foram lançados para fora e a província já se tornou, nos dias que correm, num lugar em que as populações vivem em condições mais dignas e se orgulham dela.

Para destacar algumas realizações, onde haviam ruínas apareceram casas, as artérias destruídas foram reabilitadas e da escuridão despontou luz. Os feitos para o desenvolvimento da província permitem hoje restituir a sua tradicional designação de Cidade Vida*, como era conhecida até 1991.

O processo de reconstrução é visível aos olhos de todos, desde residentes, turistas e demais cidadãos que por aqui passam por razões diversas. Em apenas nove anos de paz, a província do Huambo "renasceu". Além das obras no espaço público, a sua população foi incentivada, com subsídios estatais, a recuperar as habitações.

Fruto destes investimentos, o Huambo já é tido por muitos que o visitam e que conheceram os danos causados pela guerra como região muito próspera.

A chegada, hoje (terça-feira) do comboio dos Caminhos de Ferro de Benguela (CFB), 27 anos depois da sua paralisação, é mais um passo que o Executivo angolano dá, visando acelerar o desenvolvimento da região, sobretudo no concernente à revitalização do seu parque industrial que já foi o 2º maior do país, a seguir ao de Luanda.

Como se sabe, o reinício da circulação deste importante meio de transporte ferroviário, em acto a ser testemunhado pelo Presidente da Republica, vai não apenas facilitar e melhorar a movimentação de mercadorias, mas também proporcionar novos postos de emprego à população local e promover a elevação das condições de vida dos habitantes desta província.

Os sectores da saúde, educação e obras públicas são os que mais demonstram sinais de crescimento, para gáudio de todos os habitantes da província. Em nenhum outro momento da história do Huambo se fez tantos investimentos públicos e privados, simultaneamente, como se assiste desde há algum tempo a esta parte.

A estabilidade que o país vive, resultante da paz, permitiu que os agricultores aumentassem os seus níveis de produção e, consequentemente, tenham maior protagonismo nas acções de mitigação da fome no seio da população.

O despertar dos empresários, nacionais e estrangeiros, que vão investindo em diversos ramos para alcançar o desenvolvimento humano e das infra-estruturas, tornaram o Huambo tão importante para o país quanto as demais 17 províncias.

O que se assiste actualmente nesta região é, efectivamente, uma fase de progresso, envolvendo cidadãos nacionais e expatriados que estão a modificar o antigo "campo de batalha" em cenário de reconstrução, respondendo a directriz do Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, em “transformar Angola num imenso canteiro de obras".

São, portanto, sinais concretos de desenvolvimento que vão certamente beneficiar também as gerações vindouras, o que é, por si só, um sinal positivo para o futuro da população da província. A iluminação pública, a sinalização rodoviária e o verde dos jardins fazem relembrar os tempos em que o Huambo se denominava “Nova Lisboa”.

Desde o aeroporto Albano Machado, a ser reinaugurado pelo Presidente da República, passando pelas vilas municipais e comunais da província, são notórios os esforços do governo que contempla também a reabilitação da barragem hidroeléctrica do Ngove, que fornecerá energia eléctrica ao Huambo e à vizinha província do Bié.

Em suma, os governantes e empresários do Huambo estão unidos, não só na reconstrução da província, mas também para melhorar a vida das pessoas, aproveitando as riquezas que a região possui, criando postos de trabalho para a dignificação do homem e executando programas de melhoramento e aumento da oferta de serviços sociais básicos às populações.

Os habitantes do Huambo que, até então, se mostravam incrédulos em relação a reconstrução do parque de infra-estruturas da província, já demonstram optimismo incontido, ao mesmo tempo que prenunciam estar-se no caminho certo para que dentro de pouco tempo a província volte a ser orgulho para os seus filhos.

É, pois, esta terra dos soberanos Ekuikui, Katiavala e Mutu Ya Kevela que o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, visita hoje (terça-feira), até sensivelmente à meio da tarde, para confirmar os passos que estão a ser dados rumo ao progresso e a prosperidade desta província localizada no Planalto Central de Angola e a 600 quilómetros a sul da capital do país, Luanda.

* CIDADE VIDA –  Esta identificação da cidade do Huambo, no Planalto Central de Angola, foi criada nos anos dificeis que ali se viveram imediatamente a seguir à Independência de Angola. Algo que um dia irei publicar e recordar aqui por os ter vivido ao lado daquele maravilhoso povo de gente de verdade. Sem querer enaltecer o facto, a minha consciência exige que aqui eu diga que fui eu quem criou o “Huambo, Cidade Vida”, titulo de minhas crónicas nacionais e internacionais, através da Rádio Nacional de Angola, na altura (1975), ao tempo eu como diretor da Emissora Regional. Tempos de luta gloriosa que hoje reflete as suas consequências com a constatação que o Presidente Eduardo dos Santos está a concretizar na província do Huambo.

É com muito orgulho que escrevi esta adenda ao texto de Gabriel Batalha Ulombe, da  Agência Angop. – Carlos Pereira