28 de maio de 2011

ANGOLA PROGRESSISTA

INAURADA A PONTE KIANDA
QUE LIGA A CIDADE À ILHA DO CABO
Fotos: 1/2
Uma das obras mais importantes da requalificação da Baía de Luanda abriu ontem ao trânsito e facilita o acesso à Ilha do Cabo
| Fotografia: Francisco Bernardo – Jornal de Angola |

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, inaugurou ontem a ponte que liga a parte continental da cidade de Luanda à Ilha do Cabo. Denominada “Ponte da Kianda”, (Ponte da Sereia) a obra integra o Projecto de Requalificação da Baía de Luanda.
José Eduardo dos Santos foi ao local acompanhado pela Primeira-Dama da República, membros do Executivo, deputados e representantes do poder tradicional, tendo-lhe sido apresentada a maqueta geral do projecto e em seguida dado a assistir um vídeo explicativo das várias etapas que compreendem o projecto Baía de Luanda.
Apontado como o primeiro grande marco do projecto, a Ponte da Kianda, com 400 metros de comprimento, comporta seis faixas de rodagem (três em cada sentido), ligando as avenidas “4 de Fevereiro” (Marginal), Doutor Agostinho Neto e a Ilha do Cabo.
José Silva, director nacional de Obras Públicas, considerou de “bastante ambicioso” o projecto, na medida em que vai resultar numa melhoria estética e estrutural da paisagem da Baía de Luanda. “Uma vez entregue a parte da ponte, dá-se continuidade aos trabalhos de alargamento que vai até ao Porto de Luanda, cuja conclusão está prevista para até o final do ano”, disse José Silva, revelando que depois do alargamento da avenida vão ser construídos vários equipamentos, fundamentalmente lúdicos, que compreendem espaços pedonais e parques de estacionamento.
O director nacional de Obras Públicas realçou que o alargamento da avenida vai permitir o aumento e fluidez do tráfego. “Não basta a ligação da ponte que vai para a Ilha e a Praia do Bispo, mas toda esta via até ao Porto de Luanda vai ser alvo de alargamento, que é a parte que constitui a infra-estrutura rodoviária do projecto Baía de Luanda, com cerca de três quilómetros”, disse do director.
O director do Projecto Baía de Luanda garantiu que tudo está a postos para a continuidade dos trabalhos, que passam agora a estar concentrados no alargamento da Avenida Marginal. “Esta parte vamos ter concluída aproximadamente em Dezembro”, disse Miguel Carneiro, sublinhando um dos preceitos do projecto, que é “nunca colidir com a vivência quotidiana das pessoas”.





“Vamos transferir o trânsito da avenida anterior para a nova avenida e assim vamos intervir na avenida antiga. Portanto, o preceito do projecto é nunca colidir com a vivência e com tudo o que acontece no dia-a-dia da Marginal, ou seja, não criar constrangimentos no trânsito, nem criar constrangimentos para aqueles que fazem uso da Marginal diariamente”, referiu.
Miguel Carneiro esclareceu que as partes subsequentes do projecto Baía de Luanda contemplam apenas obras públicas. “Nós temos planeada a construção de 12 hectares de zonas verdes e 3.100 lugares de estacionamento, dos quais 800 lugares já estão em fase avançada de conclusão”, disse.
Componente ecológica
Miguel Carneiro referiu-se à componente ambiental como questão fundamental do projecto Baía de Luanda. “É na verdade uma das componentes de cartaz do projecto. Nós tivemos de desobstruir os fundos da baía, num processo com três etapas: tirávamos as areias do fundo da baía, fazíamos a lavagem, sendo que as areias limpas eram depositadas no fundo do solo da baía e parte dessas mesmas areias usadas para o alargamento da avenida”. O lixo orgânico, explicou, era bombeado para o alto-mar e diluído naturalmente. Quanto ao lixo não orgânico, a solução foi levá-lo ao aterro da Elisal para posterior tratamento.
O projecto intervém na transformação dos espaços verdes da Marginal. Com a plantação de mais de três mil árvores de grande porte e 89 mil hectares de relva e arbustos, espera-se garantir significativa melhoria na paisagem.
Ainda no que toca à componente lúdica, está previsto o reforço dos espaços de lazer, com um novo passeio marítimo, devidamente equipados com mobiliário urbano e iluminação nocturna, vias para pedestres, espaços para prática de desporto, de animação e cultura, onde as famílias vão poder descansar ou entreter-se de dia ou de noite.
Com orçamento global de aproximadamente 200 milhões de dólares, o Projecto Baía de Luanda compreende três fases. A primeira compreende a intervenção entre o Largo da Amizade Angola e Cuba, a Ilha do Cabo e a Chicala. A segunda, direccionada no espaço entre o Largo Amizade Angola e Cuba e a Praça 17 de Setembro (Porto de Luanda), onde se destaca a construção da nova via rodoviária, no limite exterior da Marginal.
Com as fases I e II a decorrerem em paralelo, está prevista a conclusão dessas obras até Dezembro próximo, e o arranque da terceira e última fase em Janeiro de 2012, após ser inaugurada a nova avenida rodoviária e a libertação da que existe actualmente

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