9 de outubro de 2011

CAN'2012
GRUPO J

Antigo selecionador atribui 
mérito de qualificação a Lito Vidigal 

Antigo seleccionador, Oliveira Gonçalves
Oliveira Gonçalves

O antigo seleccionador nacional, Oliveira Gonçalves, afirmou neste domingo à Angop, em Luanda, que o segredo da qualificação sábado de Angola ao CAN2012 no Gabão e Guiné-Equatorial deveu-se, fundamentalmente, no acreditar do técnico LitoVidigal e a uma “pontinha” de sorte.

O treinador, que levou o país à primeira presença numa fase final do campeonato do mundo (Alemanha2006), referiu que o seleccionador teve capacidade de liderança ao conseguir motivar os atletas do ponto de vista desportivo, apesar dos problemas de falta de prémios e dificuldades de se impor num grupo, onde, a priori, era teoricamente favorito.
“Além da vitória de 2-0 diante da Guiné - Bissau, domingo também contámos com uma pontinha de sorte no empate a zero bolas do então líder Uganda com o Quénia para obtermos o apuramento, quando muita gente já não acreditava”, frisou o campeão africano sub-20 Etiópia2001.
Oliveira Gonçalves acrescentou que o mérito do actual seleccionador assenta também no facto de ter conseguido gerir um leque de atletas sem grandes valores individuais, mas que em termos de conjunto têm tudo para se qualificar e vencer campeonatos africanos.
Na perspectiva do CAN do próximo ano, defendeu a manutenção do actual esqueleto base do combinado nacional, introdução paulatina de jovens talentos e eventualmente de jogadores que evoluam fora do país que representem valor acrescentado.
  
Sobre os atletas que militam no estrangeiro falou de Nando Rafael que joga na Alemanha, na importância de se manter os experientes Mateus Galiano, André Macanga e Gilberto, pelo seu valor desportivo e capacidade de ajudar o técnico no balneário.
Job, do Petro de Luanda, e Geraldo, do Curitiba do Brasil, foram apontados como jovens promessas do futebol angolano. O primeiro quase uma certeza, mas o segundo merecendo maior oportunidades para crescer dentro do grupo de trabalho.
O técnico, que chegou com os “Palancas Negras” aos quartos-de-finais do CAN2008 no Ghana, afirmou que respeita as opções de qualquer técnico, mas que em sua opinião a convocação de jogadores no exterior deve ser bem gerida para que se evite situações como a vivida por Geraldo que em várias ocasiões foi convocado e não utilizado.
“Job é muito rápido na execução quando em posse da bola. Falta - lhe maior mentalidade, mas estou certo que ainda dará muitas alegrias ao país, enquanto Geraldo é dos melhores, e joga num dos campeonatos mais competitivos do mundo”, frisou.

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