29 de outubro de 2011

GIRABOLA’2011 – Protestos viciados

 

Garganta profunda“vendeu” informação

Um dos funcionários do Conselho Técnico da Federação Angolana de Futebol (FAF) terá sido a pessoa que “vendeu” a informação da suposta má qualificação do jogador da Académica do Soyo ao Recreativo da Caála e ao Bravos do Maquis.

Fonte: Teixeira Cândido . Semanário “O País”

Segundo uma fonte do OPAÍS, a informação da suposta má qualificação do jogador dos estudantes do Soyo era apenas do domínio dos funcionários do Conselho Técnico da FAF e nunca devia ser do conhecimento do Recreativo da Caála e do Bravos do Maquis, sem que houvesse fuga de informação.

A fonte do OPAÍS diz que essas equipas não sabiam da informação por ter havido um erro no sistema Informático da FAF, que não detectou a duplicação da inscrição do jogador. A situação custou a Académica do Soyo a retirada de dez pontos e consequentemente a despromoção (decisão de primeira instância).

Com a normalização do sistema informático, os funcionários do Conselho Técnico da Federação Angolana de Futebol conseguiram detectar que o jogador já havia sido inscrito pela Académica do Lobito no escalão de juniores. Essa informação que era restrita foi parar ao conhecimento do Recreativo da Caála e aos Bravos do Maquis.

O Recreativo da Caála deu entrada do protesto no dia 9 de Agosto e o Bravos do Maquis fê-lo no dia 13 de Setembro, em face da informação passada pelo “garganta profunda” (alusão à fonte de informação do caso Watergate que derrubou o presidente americano Richard Nixon em 1974).

O Conselho Técnico da Federação Angolana de Futebol julgou procedente o protesto da Caála e do Bravos do Maquis, retirando nove pontos a equipa do Soyo, a favor dessas equipas e do Kabuscorp do Palanca. Essa decisão renasceu as esperanças da equipa de Bento Kangamba de chegar ao título, uma vez que fica com os mesmos 55 pontos do Recreativo do Libolo.

Essa decisão suscitou muitas críticas a Federação Angolana de Futebol, cujo dirigentes dizem que a situação é “herança” da anterior direcção, uma informação desmentida pela data da entrada dos protestos ( 9 de Agosto e 13 de Setembro).

A Académica do Soyo recorreu da decisão, no entanto, o artigo 170 do Regulamento Geral da Federação Angolana de Futebol pode devolver os nove pontos retirados e a possibilidade do Soyo discutir a permanência.

Segundo este artigo, “os clubes só serão derrotados nos casos relacionados com a má qualificação dos jogadores, quando se apurar que houve responsabilidade dos seus dirigentes nessa má qualificação”.

A decisão do Conselho Técnico não permite saber se este órgão terá provas de que os dirigentes da Académica do Soyo participaram na má qualificação do jogador. Os estudantes esperam pelo recurso feito ao Conselho Jurisdicional da Federação Angolana de Futebol. Uma decisão positiva permite não apenas aos estudantes do Soyo sonhar com a permanência na I Divisão, como o Recreativo do Libolo poderá já festejar o título.

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