21 de novembro de 2011

O Sporting de Portugal em Luanda

E a estória continua ...
com a falta de respeito da Federação
Nem sempre eu encontro eco de ideias ou de pontos de vista, principalmente quando as minhas criticas - sempre no sentido construtivo -, se circunscrevem a questões do nosso futebol (angolano). Porém, ultimamente tenho encontrado aqui on-line, no site do semanário O PAÍS, opiniões que se encaixam perfeitamente nas minhas ideias, nas minhas criticas e que dão-me a certeza de estar acompanhado.E isso acontece pura e simplesmente por coincidência e não por se tratar de plagios. 
Hoje, bisbilhotando na net.., encontrei o texto que reproduzo aqui mais abaixo, sobre um dos temas que eu abordei em minhas crónicas na Rádio 5, (Luanda) sobre a deslocação do Sporting de Portugal a Luanda. 
Aqui em Lisboa, os meus colegas de redacção, obviamente como portugueses, consideraram vergonhoso o desempenho do clube de Alvalade e vexatória a derrota, pois outra coisa não seria de esperar dado que apenas consideraram o resultado sem aprofundar outros aspetos do jogo, que, nós angolanos aprofundamos, para quem o vexame acontecer sim mas porque os Palancas Negras - Seleção angolana -, jogaram ante um Sporting de Garotos de 17 anos. Braaaada aos Céus. Eu disse isso, mas o meu colega TEIXEIRA CÂNDIDO, no semanário "O País", toca bem fundo na ferida, apontando o dedo ao presidente da FAF Pedro Neto e aos organizadores do jogo por atempadamente terem sido informados pelo presidente do Sporting - o moçambicano Godinho Lopes -, da impossibilidades de poderem apresentar a equipa base, por terem jogadores lesionados e outros ao serviço de seleções. 
Com a devida vénia, reproduzo a seguir o texto do TC. - Carlos Pereira

A visita do Sporting de Portugal a Angola


 PALANCAS NEGRAS
foram submetidos a um vexame



O público do futebol respondeu à letra a falta de respeito com que a FAF, o Sporting e os organizadores do jogo de quinta-feira 10 quiseram brindar os angolanos na festa da sua independência. O Estádio 11 de Novembro não encheu como se previa, e não tinha razões para tal. Pois se alguém soubesse com antecedência que o Sporting iria trazer uns miúdos quaisquer para defrontar a Selecção Nacional, que se prepara para o CAN2012, provavelmente o jogo teria apenas os jornalistas (no cumprimento da sua missão), a direcção da FAF e a do Sporting.
Pois o que se viu na quinta-feira no Estádio 11 de Novembro não merecia outra resposta. Merecia isso sim um pedido de desculpas da direcção da FAF por submeter os Palancas Negras a um vexame, que rasa a humilhação. As declarações do treinador do Sporting no final do jogo são um soco no estômago. Aliás, um soco no ego de qualquer adepto do futebol, que exige um mínimo de respeito à sua selecção patriota.
Domingos Paciência explicou a derrota do seguinte modo: “ (…) Fizemos o possível. Este não é o Sporting a que estão acostumados a ver. Trata-se de um grupo de miúdos de 17 anos que se juntou para vir honrar um compromisso”… Imaginem quão nocivo seria para os Palancas Negras se perdessem com esses miúdos de 17 anos na festa da sua independência? O que diria Domingos Paciência na conferência de imprensa? Não se pode admitir insultos desta dimensão. Tão pouco pagar-se por um insulto deste tamanho. A responsabildade não pode ser, no entanto, atribuída ao Sporting porque, segundo o seu presidente, explicara em que condições vinha a Angola. E, ainda assim, Pedro Neto e os organizadores desse jogo aceitaram colocar a jogar a nossa Selecção principal com uns miúdos de 17 anos, como os caracterizou o seu treinador.
Lito Vidigal também desvalorizou o jogo, afirmando que não servia para a preparação que a equipa deseja.
Pois então a quem interessou colocar os Palancas diante de uns miúdos e ainda por cima pagar-lhes 800 mil Euros?
Teixeira Cândido/ O País

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